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Quando paro e penso
No infinito céu dos teus olhos,
Eu me arrasto de mim mesma.
Restaurando a consciência,
Com os pés arraigados na Terra
Orvalhada das manhãs de inverno.
E em dias como esses,
Turbilhões internos,
Nos levam facilmente
Ao cerne de nossa existência.
E no centro perdido desse labirinto,
Deparo com os fascículos
Encadernados de minhas vidas.
Infinitos Volumes,
Milhões de saltitantes letras
Cascateiam e embaralham-se
Diante de meus olhos.
Em um Pensar ilógico
Que me elucida a Estratégia
Dessa existência extensa..
Medos, paixões, pecados e virtudes
Giram em uma sarabanda vertiginosa,
De erros e acertos em solidão.
E em momentos de intersecção.
Dançam lado a lado em diferentes
Cores e velocidades.
E em torvelinho monocromático se despedem
E seguem para o infinito
Em números primos.
E pergunto:
Como será a última crônica
Dessa Existência Humana?...
Que cores desconhecidas terão
Esse Volume?
A cicatriz em Ferro e Fogo
Da nossa Primeira Promessa
Ainda na Alma perdurará?
De absolutamente tudo que paro e penso
Que poderia esta última crônica não ter,
Eu não quero do infinito Céu
De teus olhos me perder!