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Depois do ímpeto assombroso,
Depois das primeiras confissões à luz de velas,
Da aceitação,
Depois de milhares
De palavras digitadas,
Noites fugidias,
Beijos intermináveis,
Mensagens escondidas em vídeos e músicas...
Eu só te encontro aqui:
Na espera de que o dia termine
Para que a noite aconteça.
Eu saio, corro, morro na fila do caixa,
Tu sorris a tantos estranhos pelo provimento,
E para isso eu crio imagens e orçamentos e
Tu gravas vídeos em R.E.M.
E eu me acendo voluntariamente em uma
Impossível Dor, arreganhando
O coração atrás da Armadura,
Em sua camada mais funda, mais pura.
Vejo teus olhos claros, ouço tua voz calada.
Sinto em meu silêncio os teus medos e anseios.
Pressinto a relutância e vejo o fiel da tua balança:
Fugir do abraço ou entregar-te aos beijos,
Eu só te encontro aqui,
Antes que o dia amanheça,
Onde dobramos em quatro nossos amores,
Nossos desejos, nossos temores.
E, duas crianças felizes,
Sopramos juntos, os cataventos!